O Ibovespa (IBOV) encerrou a sessão desta terça-feira (11) com alta de 1,60%, aos 157.748 pontos, depois de renovar, novamente, a máxima histórica em 158.467 pontos. Assim, a Bolsa brasileira completa uma sequência de 15 pregões consecutivos de valorização — um rali que não ocorria desde 1994 — e já mira os 160 mil pontos.
No mês de novembro, o índice já acumula alta de 5,49% e, no ano de 2025, avança 31,15%, refletindo a melhora do apetite ao risco, entrada consistente de fluxo comprador e desempenho positivo de setores de peso, como bancos, energia e siderurgia.
Apesar do avanço expressivo, o índice opera em zona de sobrecompra, o que exige atenção para possíveis movimentos de acomodação, ainda que a tendência principal siga claramente positiva.
Para entender até onde o preço das ações do Ibovespa (IBOV) pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica do Ibovespa (IBOV)
No diário, observo uma tendência de alta firme, com topos e fundos ascendentes e o índice negociando acima das médias móveis, ambas inclinadas para cima — o que reforça o domínio dos compradores.
Entretanto, o avanço acelerado trouxe o preço para um afastamento relevante das médias, ao mesmo tempo em que o IFR (14) marca 87,59, sinalizando sobrecompra. Esse cenário sugere que o índice pode entrar em correção técnica ou lateralização nas próximas sessões — comportamento natural após um rali prolongado. Importante destacar: não há sinal gráfico de reversão até o momento.
Para que o movimento de alta continue, monitoro a superação e consolidação acima de 158.467 pontos, o que liberaria espaço para 158.710; 160.251; 161.761; 163.696 e, em extensão, 166.775 pontos.
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Sete motivos para o Ibovespa não parar de renovar máximas históricas
Alívio técnico, início do ciclo de cortes de juros nos EUA, tensões comerciais atenuadas, entre outros, são motivos para o índice superar máximas recorrentemente
Do lado da defesa, uma perda da mínima da última sessão, seguida pela quebra da região das médias móveis, pode dar início a uma correção em direção a 155.251; 153.040; 147.578; 143.391; 140.231, e até a média de 200 períodos nos 136.275 pontos, onde tende a haver defesa compradora.
Análise de médio prazo
No semanal, a estrutura segue altista e bem consolidada, com o Ibovespa apresentando máximas ascendentes e desempenho consistente ao longo de 2025. O índice supera e permanece acima da zona simbólica dos 150 mil pontos, reforçando a leitura de força estrutural do movimento.
O rali recente levou o índice a registrar renovação da máxima histórica em 158.467 pontos e consolidar quatro meses consecutivos de alta até o momento. No entanto, o IFR (14) em 75,02 indica sobrecompra, reforçando a possibilidade de movimentos de ajuste — sem, contudo, alterar a tendência principal.
Para continuidade da trajetória de valorização, acompanho a superação sustentada de 158.467 pontos, que poderia abrir caminho para 160.000; 161.730; 163.520; 165.310 e, em movimento estendido, 171.000 pontos.
Por outro lado, para que o fluxo vendedor ganhe tração, seria necessária a perda da mínima semanal em 154.058 pontos, o que liberaria espaço para teste de suportes mais amplos em 147.578; 140.231; 131.550 e 122.529 pontos — regiões que historicamente atraem recomposição compradora.
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Suportes e Resistências
IBOV (Ibovespa)
Com base no fechamento do dia, aos 157.896 pontos, o índice conta com:
- Suportes de curto prazo em 155.251 (1), 153.040 (2) e 147.578 (3);
e resistências em 158.467 (1), 158.710 (2) e 160.251 (3). - Suportes de médio prazo em 147.578 (1), 140.231 (2) e 131.550 (3);
e resistências em 160.000 (1), 161.730 (2) e 163.520 (3).
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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